terça-feira, 18 de maio de 2010

VOZ DO ALÉM

Hoje acordei cedo ouvindo uma voz me chamar. Olhei para os lado e não vi ninguém além de BB quase se afogando na própria baba. Fechei os olhos novamente. Um ônibus fez uma meia embreagem praticamente no pé da cama. Quase pedi carona ao motorista e fui trabalhar de baby doll. Contei até 1000, espremi os olhos, respirei fundo e atravessei o chuveiro em nome de algo que chamam de higiene. Fui trabalhar, mas com aquela sensação estranha de estar deixando algo importante para trás.

Trabalhei mais que burro em engenho de açúcar e continuei me sentindo um cacto em meio a um jardim florido com rosas vermelhas. À noite, ao cruzar a porta de casa, deparei- me com um computador, em cima do sofá, a observar-me com um certo ar de reprovação. Abri a tela e logo entendi o motivo de minha aflição. Minha pasta de “TEXTOS BLOG”.

Estou me sentindo uma mãe que abandonou a própria cria ao vento. Meu cantinho completou 1 aninho de um monólogo de pensamentos e brigas faz quase um mês e eu não reservei um tempinho pra vir aqui.

Na verdade, acredito que, agora, um dos meu “eus” foi descansar e esse outro “eu” acordou com a ponta dos dedos coçando. Solução? Escrever. Cá estou e não pretendo parar.

2 comentários:

Desabafando disse...

Eeee...que bom que está de volta e não vai parar. Senti falta daqui!

Unknown disse...

vamos ver...