segunda-feira, 23 de novembro de 2009

AZAR SORTUDO

Pessoas... Desculpem por não ter respondido a todos os recados, mas estarei fazendo isso devagarzinho e estou com saudade do blog de todos vocês. Obrigada pelas mensagens de melhora, pois elas funcionaram. Fiquei boa rapidinho, mas prefiro afirmar que não estou pronta para outra visita de um amigo inconveniente.

Não sei se contei para vocês que sou traumatizada com viagens aéreas. Não, não tenho medo de voar, mas sou campeã em perda de vôos por motivos ridículos. A primeira vez foi retornando do Rio de Janeiro. Passei o dia batendo pernas para matar o tempo. Cheguei ao aeroporto uma hora antes do horário que eu acreditava que devia embarcar. O detalhe era que tinha comprado minha passagem para as 9 da manhã, mas só cheguei para o check in às 20h.

11hs de atraso. Até hoje não sei como troquei o horário com tanta convicção. Só desisti de matar a atendente quando o gerente do guichê me permitiu abrir meu e-mail e comprovar que foi maluquice dessa mente insana que vos escreve. Isso foi coisa boba perto do que me aconteceu a caminho de São Paulo.

Eu ia embarcar às 5h30 da manhã. Coloquei o celular para despertar às 3h30, para dar tempo tomar um banho e fazer tudo sem pressa, pois moro próximo ao aeroporto. Antes de dormir inventei de passar umas músicas, por e-mail, para minha amiga editar uma matéria no dia seguinte. Entre o tempo de anexar um arquivo e outro eu tirava aquele velho cochilo. Isso já era, mais ou menos, uma da manhã.

Anexa, cochila, acorda, envia, anexa, etc. Dormi com o computador na barriga e acordei na hora em que meu amiguinho ia caindo na cama. Quando olhei para o relógio surtei. Eram 5h15!!! “Cadê o celular???”, me perguntei furiosa enquanto procurava por ele. O bonitinho achou que era hora de travar e simplesmente parou de funcionar no meio da noite. Enfim... Consegui embarcar no vôo seguinte, mas não sem antes partir o celular em mil pedacinhos de tanto ódio que fiquei.

Quando me avisaram no trabalho que eu ia a Brasília para o Festival Nacional de Cinema já pensei em colocar dois celulares para despertar e conferi várias vezes o horário no e-mail. Não é que minha amiga que também foi escalada para a viagem me ligou para fechar o horário do taxi e eu já tinha mentalizado um horário completamente diferente? Só posso ser dodói. Ainda bem que foi à tempo, pensei.

Cheguei em casa cedo, arrumei a mala com toda calma, me deliciei assistindo à minissérie “Ó paí, ó” – odeio o filme mas gosto da série – e fui dormir. Para variar, esqueci das frustrações das experiências passadas e só coloquei meu celular para despertar. Nenhuma reserva caso meu aparelhinho resolvesse se vingar de mim pelo assassinato cruel e frio de um amigo de fábrica.

Depois de retornar de uma viagem a trabalho, passei uma semana super exaustiva. Deitei na cama e morri. Apaguei...

Depois da sensação de ter dormido uma eternidade, abri os olhos e não pude acreditar no que vi. O mundo estava em pleno funcionamento e era noite ainda. Como assim? Eu dormi o dia todo? Porque o celular não despertou de novo? Sem conseguir sair da cama, chamei meu irmão e perguntei que horas eram: “18h”, respondeu com uma risada de canto de boca. “Porque você não me acordou???”, me desesperei, mas fiquei mais puta da vida ainda com a resposta dele: “Veja só! Você perde seu horário e a culpa é minha, é?”. Ele estava coberto de razão, mas eu não conseguia entender como pude dormir o dia inteiro. E minha amiga? Porque ela não veio me buscar? Porque não me ligou? Existem coisas que, literalmente, só Froid explica.

Peguei o celular para ligar para minha amiga e entender o que aconteceu, mas estava muito nervosa para digitar o número dela. Só pensava que meu chefe ia me matar, ia me chamar de irresponsável e eu ia perder toda a confiança que ele tem em mim – se é que tem alguma. Depois de umas três tentativas infrutíferas de discagem - meus dedos só apertavam as teclas erradas – resolvi ligar logo para a companhia aérea e ver se conseguia embarcar no próximo vôo.

Virei para o lado, pois meu computador dorme ocupando a vaga do travesseiro que um dia pertenceu ao meu ex-marido, para acessar a Internet e encontrar o número do telefone. Quem disse que tinha conexão? Como eu não enlouqueci a ponto de quebrar meu computador, respirei fundo e contei até 1.000 até a conexão ser reestabelecida. Caindo de sono – será que me deram algum sonífero? – minha lente de contato ficou turva e eu não enxergava as teclas direito. Como pode algo dar tão errado assim?? Meu chefe vai me matar.

Sabe aquele nó na garganta que a gente não consegue falar? As lágrimas me vieram aos olhos e eu não as contive. A decepção comigo foi tão grande que elas escorreram parecendo conter um molhinho de pimenta. Os olhos arderam tanto, mas tanto, que eu abri as pálpebras de novo e já era dia. Como assim era dia??? Ainda há pouco era noitinha... Apalpei a cama em busca do celular para conferir a hora e respirei aliviada quando vi que inda faltavam 5 minutos para ele despertar.

11 comentários:

Elisa no blog disse...

Luciana,
Que saudade de vc.
Ainda bem que voltou. Morri de rir como sempre, mas no finzinho quando vc chorou copiosamente me deu uma peninha!!
Eu nunca perdi voo, graças a Deus.
quer que te mande um despertador japonês?
esses nunca te deixam na mão. funcionam sempre.
bj

Unknown disse...

hahahah, típico de vc dormir até morrer..., Ademil sacaneou assim foi?

Cara, vc pode me pedir que eu te desperto quando quiser...eu só vou cobrar uma pequena taxa, simbólica de R$ 100,00.kkkkkkkkkkkkkkkk

Vê se dessa vez me presenteia com algo da cidade... se não vou jogar praga.

bj

Desabafando disse...

Ué, isso foi um sonho ou realidade? rsrsrsrs......

Estava com saudades dos seus posts, andou sumida não? E que bom que está melhor.

Eu já sou o contrário de vc, pelo menos referente ao que vc descreveu no post. É incrível mas parece que existe um relógio poderoso dentro de mim. Toda vez que tenho algum compromisso logo cedo, mesmo colocando o despertador, eu acabo acordando sempre uns 15 minutos antes espontaneamente....não sei te explicar o que acontece, se é excesso de ansiedade ou paranóia...rsrsrs....mas é eu pensar: ah, amanhã não posso perder a hora, tenho que acordar cedo pra tal coisa...que pronto, chega no dia seguinte, 15 min antes do despertador tocar eu estou de olhos abertos olhando pra ele...rsrsrs...

Anônimo disse...

Luciana, tive que morrer de rir de tudo isso. Parece que a gente vicia em cometer sempre o mesmo erro. Comigo aconteceu diversas vezes ao sair muito tarde de São Paulo para viajar para Taubaté (2 horas de viajem mais ou menos). Quando tinha que trabalhar em São Paulo, não ia de carro. Não tinha onde parar, esquecia o local do estacionamento e otras cositas mas. Então ia de ônibus, pegava metro e tudo ficava mais fácil. Como trabalho com informática, tenho horário para iniciar um trabalho, mas para terminar, só Deus sabe. As vezes em meia hora se resolve, contudo na maioria das vezes passa da estimativa. Então, não poucas vezes cheguei à Estação Rodoviária e não tinha mais ônibus para Taubaté. Como Taubaté fica entre Rio e São Paulo, sempre conseguia passagem para o Rio e descia na Rodovia. Sempre dormia no ônibus mas o motorista gentilmente me acordava. Acontece que sempre tem os motoristas não muito gentis. E não é que eu sinto aquela sensaÇão do ônibus parar e me vejo na Rodoviária Novo Rio? Com dia de sol e tudo o mais. Fiquei meio perdido, mas não tinha solução. Tinha mesmo é que voltar ao guichê e comprar passagem de volta. Para surpresa minha tinha deixado minha carteira de documentos em São Paulo e o dinheiro que eu tinha não era suficiente para comprar a passagem. Por sorte estava com o talão de cheques. Fui a todos os guichês de passagens e não conseguí que recebessem meu cheque. Também sem documentos e a falta de confiança geral que rola hoje em dia... Aí comecei a ficar meio preocupado. Ví uma farmácia na Rodoviária. Fui até lá e por felicidade minha o dono da mesma estava lá. Contei minha vida inteirinha para ele, que muito pacientemente ouviu. Quando terminei de falar ele mandou eu preencher o cheque e me deu o dinheiro. Isso foi um milagre. Imagine numa farmácia de Rodoviária, do Rio ainda, eu conseguir trocar um cheque. Graças a Deus deu tudo certo. Só fiquei chateado porque nunca mais me comuniquei com essa pessoa. Pelo menos para mandar um Feliz Natal, né?
Luciana, como sempre viajo a trabalho tenho muitas outras peripécias a contar. Qualquer hora faço uma postagem sobre isso. O bom é que eu mantenho sempre a minha calma e não reclamo para não "pagar mico" porque geralmente o culpado do ocorrido sou eu mesmo.
Putz! Acho que escreví muito.
Beijokas pitorescas com carinho. Manoel.

Blog da Fatima disse...

Mas que coisa guriazinha!!
Tu esquece de tudo!!!rssrrs
Mas confesso que me deu uma aflição, já te vi no olho da rua!! Vi o chefe te xingando vi tudo isso!! Mas ianda bem que ra sonho..opssss..acho que estava mais para um pesadelo né??

Boa sorte na próxima viagem!!

Bjso no ♥

Desabafando disse...

Nossa...obrigada pelo seu comentário, me senti totalmente compreendida..."quanto mais tento ser, menos sou..nem Freud explica". É exatamente assim mesmo!

Déia disse...

kkkkkkkkkkkkk rindo muito...

O que é isso??? um complô dos eletrônicos contra a sua pessoa?
O q será q vc foi na outra encarnação? Uma destruídora de celulares? kkkk

Menina do céu... isso só pode ser macumba da ex chefe kkkkk que quer q vc perca seu emprego!!

Tome um banho de ervas com sal grosso, mande benzer o bichinho e boa sorte na próxima kkkk

A telefônica tem um serviço despertador, talvez seja mais uma ajuda pra próxima viagem kkkk

bom fds

bj

Carolina Filipaki disse...

hahahaha
Que história!
Eu sou assim com tombos. Menina, eu tenho uma facilidade para cari que ninguém mais tem, nem crianças aprendendo a andar...
Muito divertido!

Márcio Fabiano disse...

Luciana, acho que enviei errado. Enfim, me acabei de rir com esse post. Não podemos viajar juntos, pois eu chego 1 hora antes em rodoviária, imagine em aeroporto, onde adoro bater perna.

Vc já viu FADOS e DEIXE ELA ENTRAR? E concordo contigo, a minissérie é bacana, o filme é lamentável.

Um beijo no seu coração.

Desabafando disse...

Olá tudo bem?
Respondendo ao seu comentário: meu irmão que está permitindo a invasão mas até agora isso não estava incomodando ninguém da família, só que a coisa piorou nesse fim de semana então a bomba vai estourar pro lado dele assim que a garota for embora.

Achei bem interessante as perguntas que vc fez, realmente nem sempre conseguiremos enxergar o que está por trás de cada ação do outro mas acho que cedo ou tarde podemos descobrir isso estando alerta aos nossos sentimentos. Acho que quando a coisa começa a incomodar é hora de sentar pra conversar e não deixar passar.
Eu tenho muito medo de sofrer também e já tive minhas barreiras muito mais altas que hoje. Hoje tenho procurado diminui-las pra facilitar a aproximação das pessoas. E eu acredito que o equilíbrio existe sim, se mantivermos nossa própria independência mesmo dentro de um relacionamento,não acreditando que o outro suprirá todas as suas carências e que teremos o poder de suprir todas as carências do outro.

Enfim...esse assunto dá uma bela discussão...adoro seus comentários viu! me identifico com o que vc escreve!

E se não quiser não precisa aceita-lo pois sei que não tem nada a ver com seu post...rsrsrs...

Déia disse...

Passei aqui pra desejar boa semana!
bj