
Sempre fui apaixonada por crianças. Acho até que tenho cara de demente, pois todas que me olham interagem, sorriem, me dão a mão. Eu amo, desde que possa devolver assim que começarem a berrar – tem coisa mais estridente que choro de criança? Quando soube que a primogênita estava grávida pulei de alegria. “Vai ter um bebê aqui em casaaaaaa”. Como sempre fui uma pessoa calma e pacífica, eu e a chatinha estávamos brigadas (nem fui no casamento dela) e não troquei uma palavra com a futura mamãe durante os 9 meses que sofri de coceira na mão. Era uma tormenta chegar em casa, vê-la com o barrigão e não poder apertar. É uma delícia apalpar barriga de grávida e tentar adivinhar que parte do bebê é aquela (eu não sou má).
Um belíssimo dia, cheguei em casa e painho me deu a notícia: “O bebê nasceu!”. Pronto. Minha gastrite atacou, passei a noite sem dormir e fiquei mais histérica que nunca. O motivo era perceptível: eu não ia poder carregar o baby. Como não tinha quem ir buscar a criança na maternidade, ele me arrastou. Cara de pau total. Quando entrei no quarto nem olhei pra cara dela, voei em cima da criança parecendo uma louca e ninguém conseguia arrancar ele de mim. Nazaré Tedesco encarnou.

Quando Dílan – esse é nome do meu baby lindo que já tem 12 anos – completou 3 meses, o pai resolveu levar para a outra parte da família do interior conhecer. É lógico que a tia intrometida e tirada a mãezona colou, pra sorte da criança. Neurótica que sou, dei uma mamada na saída de casa, levei outra pronta e mais uma garrafa térmica com água quente. Resultado: saímos de casa umas 19h, pegamos a estrada errada, entramos na contra-mão na frente de uma carreta e faltou gasolina no meio do nada. Se não fosse a tia neurastênica aqui a criança teria morrido de fome.
Quando o segundo sobrinho nasceu eu morava longe e só via o guri de tempos em tempos. Ele era fein fein. Parecia o E.T. de Varginha. Quando tinha uns 2 anos eu voltei a morar com meus pais, mas não me conformava de a criança só falar ham-hum-hamham- humhum. A gente entendia tudo, mas ele só se comunicava assim. Faltava eu pra desenrolar aquela língua. Comecei a levar ele para a minha casa e ficar ensaiando um diálogo, mas ele era diferente. Nasceu com cara de terrorista. Hoje, aos 10 anos, não mudou. O sorriso dele é lindo, mas já denuncia um terremoto.

Um dia, peguei no sono e ele ficou brincando na sala, bem frente ao sofá. Quando acordei, Erick – o sobrinho endiabrado – tinha retirado todas as louças e colocado no chão para se esconder dentro da estante. Meu terror tão grande e ele com os dentinhos cerrados, olhinhos apertados, dando uma risada de capetinha – hihihihihihihihihi. Uma vez o salva vidas do clube teve que chamar a atenção de minha irmã, pois ele chegava na parte mais funda da piscina e gritava: “Madeiraaaaaaa”, e, em sequência, pulava. Ele não tinha nem 5 anos!
As duas sobrinhas moram longe e eu pouco tenho contato, mas guardo lembrança de como são choronas. Eu era assim também. E agora fico pensando que vou passar por tudo de novo. Criança chorando de noite, fraldas descartáveis por todos os lados, coloca pra arrotar, tem que esperar o umbigo cair, todo mundo em cima, etc e tals. É mais um para eu levar no shopping, dar presente de aniversário, natal, ovo de páscoa, dia das crianças. Céus!
7 comentários:
Rsrsrs
Leio os textos da Alê e acho ela tão boazinha!! Como conseguiu ficar sem falar, com ela, por tanto tempo???
Beijinhos e parabéns pelo sobrinho (tomara que este(a) já chegue bonitinho(a)!!!rs)
Êpaaaaaaa, Dílan já tem 13 anos...
VC é osso duro de roer, ficou sem falar porque quis, eu nunca guardo rancor de ninguém...
Chegou no hospital pegou Dílan e se achava a mãe... Eu cheia de espectativas para cuidar do meu bebê e vc queria fazer tudo por mim, afff haja paciência, mas eu sabia que não era por mal.
Fiquei sabendo que vou ser tia e madrinhaaaaaa \o/. Tomara que seja uma menina.
Ah, mas criança sempre traz alegria né?
Nossa, tenho duas amigas que acabaram de engravidar. Acho o máximo ter filho. Daqui cinco anos sou eu rsrsrs
Por enquanto acho melhor ser tia,
Beijos,
meu
quando eu tiver meu filho, já sei quem eu vou chamar kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ow, tá na hora de ganhar na loteria ou conseguir aquela promoção, eihn? com tantos sobrinhos assim, pelamor!! haja $$$ pra satisfazer todas as datas especiais.
kkk
beijos
Pooooooxa... empresta um pra mim, vai!!!
eu nao tenho nenhum!!!
e prometo que te devolvo assim que eles começarem a fazer pirraça, manha, ou chorar por qualquer coisa... rsss
Estou com dor na barriga de tanto rir!hahahaha
Dílan e Erik são liindoooos!!!
E Erik então!Minha paixão!!Pena que é tão danadinho!rsrsrs
Tenho muitas saudades de quando eu dava banca....só de uma pequena perte.Pq ele me fazia taaaanta raiva!!rsrsrs
Um certo dia numa aula de matemática, passei um pequeno probleminha pra ele mais ou menos assim :Erik, se João comeu uma caixa de chocolates com 20 bombons, quantos bombons João vai comer se ele tiver 5 caixas?
Erik ficou uns 5 minutos olhando pra minha cara sem responder, e eu já sem paciencia!
Aí perguntei de novo....sabe o que o danado respondeu?
-João vai ficar com dor de barriga!
(morrendo de vontade de rir, mas segurando pensei,boa resposta.Podia ter passado sem essa!)rsrsrrs
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